Estávamos no ano de 1991 e Michael
Jackson – grande amigo de meu pai desde os embalos do Jackson 5 – estava em
Nova York para fazer os últimos acertos do seu tão esperado e comentado álbum
Dangerous. Desde que Bad fora lançado, quatro anos antes, todos estavam
ansiosos para saber como Michael se superaria. Ele era o Rei e sempre deixava
os críticos musicais de queixo caído. Era um privilégio acompanhá-lo de perto e
vê-lo trabalhando duro em um novo álbum. O sucesso, pleno e absoluto era sempre
garantido. Nenhum outro artista chegava aos pés de Michael; e papai se
orgulhava muito em ter um cara tão genial como o seu fiel amigo de longa data.
Eu havia acabado de completar 19 anos
quando recebi a notícia de que Michael ficaria por uma semana hospedado na
minha casa. Ao chegar em Nova York ele poderia ter se hospedado em um hotel...
Ou ficado no apartamento que ele próprio tinha na cidade, mas – para minha
plena satisfação - meu pai o convencera a passar alguns dias conosco para que
ele não se sentisse tão sozinho. Eles não se viam há muito tempo e papai sempre
prezara muito as grandes amizades que possuía. Conosco Michael estaria em total
segurança, agradável companhia e absoluta privacidade, portanto, ele não pensou
duas vezes antes de aceitar o amistoso convite.
Garotas do mundo inteiro queriam ter
a chance de chegar perto de Michael. Fãs gritavam incansavelmente em frente aos
hotéis onde ele se hospedava e seguiam-no por vários países quando ele estava
em turnê. Ele era o maior astro do mundo, mas eu nunca havia conseguido vê-lo
apenas como um grande artista. Michael era praticamente da nossa família. Na
infância eu o via como um segundo pai... Tempos depois como um amigo...
Até o dia que cresci o suficiente
para enxergá-lo de uma forma um pouco menos... Inocente.
Ter Michael Jackson como hóspede!
Uau! Essa maravilhosa notícia havia me alegrado tanto quanto excitado. Ele era
tão lindo... Lindo de uma forma única e inexplicável. Era simpático, educado e
gentil. Era o homem que eu sempre havia sonhado em ter na minha cama. Bem,
apesar de ser virgem eu pensava muito em sexo. E em todas as vezes, era Michael
quem estava ao meu lado. Eu o conhecia desde a infância e sabia que era errado
desejá-lo tanto e de uma forma tão erótica. Mas que se danem as boas regras.
Ele era um grande gostoso e eu não estava me importando nem um pouco com o
resto. Há muito tempo eu esperava o dia em que poderia revelar para ele as
minhas maliciosas e nada inocentes intenções. Era uma pena o fato dele sempre
estar longe; íamos raramente visitá-lo no rancho Neverland. Mas com ele
hospedado na nossa casa... Eu iria aproveitar todas as chances para colocar em
prática as fantasias que eu havia criado tantas e tantas vezes na minha cabeça.
Apesar de tão jovem eu tinha duas
certezas absolutas. Primeira: eu queria ir para a cama com Michael. E segunda:
eu não mediria esforços para conseguir isso. Papai nem podia sonhar os meus
planos, claro. Depois que mamãe morrera ele havia se tornado um fanático
religioso e queria me levar pelo mesmo caminho. Transar antes do casamento? Nem
pensar! Transar antes do casamento com um dos seus melhores amigos? Muito
menos! Ele nem desconfiava dos pensamentos que rondavam a minha mente todas as
noites. Não fazia a mínima ideia de que eu já havia até mesmo chegado ao
orgasmo incontáveis vezes pensando em Michael. Se ele descobrisse alguma dessas
coisas, seria capaz de dizer que eu iria sem escala para o inferno. “Só
conquistaremos a vida eterna quando nos libertarmos completamente do pecado”,
papai costumava dizer. “E terei todo o tempo do mundo para me redimir dos
pecados que cometi e dos que ainda vou cometer com o gostoso do Mike” eu
respondia mentalmente para ele todas as vezes.
Quando Michael
finalmente chegou a nossa casa, para minha completa frustração, descobrimos que
ele não iria hospedar-se conosco sozinho. Ele trouxera consigo uma morena alta
e muito bonita chamada Shana Mangatal e a apresentou para nós como sua...
Assistente pessoal.
Okay, “assistente pessoal”. Talvez
ele achasse que nós também acreditávamos em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa.
Michael estava tentando nos esconder
seu verdadeiro envolvimento com a garota; qualquer um seria capaz de perceber
isso. Papai – que se tornara um pouco lento no raciocínio desde a morte da
mamãe - engoliu aquela história de assistente e disse que entendia muito bem
como as coisas funcionavam. Michael não poderia ficar sem a sua assistente
pessoal, certo? Era ela quem iria agendar os seus compromissos, deixá-lo a par
de todas as coisas importantes que viriam a acontecer durante a semana, além de
providenciar qualquer coisa que ele desejasse vestir ou comer de última hora.
Pobre papai, pensou que ela faria apenas esse tipo de coisa. Estava sendo feito
de idiota debaixo do seu próprio teto.
Os olhares que Michael lançava para
Shana deixava evidente que a relação entre eles ia muito além dos compromissos
profissionais. Ela era namorada dele, até um cego conseguia enxergar. Michael
não admitira isso porque sabia que meu pai não iria gostar nem um pouco de ter
um casal de namorados “saciando os desejos da carne” debaixo do seu “teto
abençoado”. Sério, ele jamais permitiria isso, por mais que Michael e ele
fossem amigos há muitos anos. Por isso Michael e Shana permaneceram em quartos
separados e não deixaram transparecer em nenhum momento o verdadeiro tipo de
envolvimento que tinham um com o outro.
Por mais incrível que possa parecer,
eu gostei da tal de Shana desde a primeira vez que a vi, apesar de detestar
imaginar o que ela e Michael deveriam fazer juntos. Ela era simpática,
prestativa e bastante discreta. E pelo sorriso sempre estampado no rosto de
Michael, ela estava o fazendo feliz.
Passei a semana inteira tentando
mostrar para Michael o quanto eu me interessava por ele, mas as coisas não se
mostraram tão fáceis como eu imaginara. Ele estava sempre no estúdio e, quando
finalmente chegava em casa, gastava todo o seu tempo jogando xadrez com meu pai
ou conversando com a sua querida “assistente”. O fato de ele estar com uma
namorada debaixo do mesmo teto que eu não havia me feito mudar de planos, muito
pelo contrário, tornava tudo mais excitante. Tudo bem, eu sei que deveria me
sentir um pouco culpada com a situação. Eu deveria me comportar... E aceitar
que ele já pertencia a outra mulher. Mas a palavra “desistência” simplesmente
não existia no meu vocabulário. Eu o queria, e o teria. Apenas sexo, do melhor
e mais gostoso. E para a felicidade geral, a namorada dele nem precisaria ficar
sabendo.
Na última noite de
Michael em Nova York, decidi que já estava na hora de me arriscar para
conseguir de uma vez por todas o que eu tanto desejava. Ele estava no estúdio e
provavelmente só voltaria tarde da noite, quando todos já estivessem dormindo.
Vesti a camisola mais provocante que encontrei no meu armário e parei diante do
espelho para soltar os cabelos e passar delineador preto nos olhos e um batom
vermelho nos lábios. Sorri para o meu próprio reflexo e segui para o quarto de
Michael, onde eu esperaria ansiosamente pela sua chegada.
Enquanto estava sozinha no seu
quarto, remexi as suas gavetas e procurei as suas cuecas, louca para descobrir
qual era as cores e os modelos que ele costumava usar. Encontrei várias cuecas
do modelo boxer, uma cinza, uma branca, uma vermelha e mais algumas pretas e
vermelhas. Peguei uma entre as mãos para analisá-la cuidadosamente, mas fui
interrompida por alguns passos vindos do corredor. Levantei-me apressadamente e
respirei fundo, subitamente nervosa ao imaginar que dentro de poucos minutos eu
poderia estar nos seus braços enquanto ele me beijava nos lábios. Esforcei-me
para manter a calma e sentei-me na sua cama, escutando poucos segundos depois
alguns risinhos vindos do lado de fora. Risinhos do próprio Michael... E de uma
mulher.
Droga, Michael tinha companhia. O que
diabos eu iria fazer? Seria ridículo ser pega seminua no seu quarto diante das
novas circunstâncias.
Puxei o ar devagar e analisei
rapidamente as possibilidades. Eu não poderia sair pela porta sem ser vista, e
tentar pular a janela seria uma atitude completamente descabida. Pensei em me
esconder no banheiro, mas Michael certamente iria tomar banho antes de dormir,
talvez com a tal garota. Corri os olhos apressadamente pelo quarto e abri a
maior porta de um grande armário de roupas, jogando-me para dentro dele ao
notar que ele me serviria muito bem como esconderijo. Fechei a porta e
praguejei comigo mesma baixinho, me sentindo a maior e mais completa idiota do
Planeta Terra.
A maçaneta girou devagar e me espremi
no armário, rezando aos céus para que Michael não decidisse pegar nada dentro
dele. Colei os olhos em uma pequena fresta entre a porta de madeira e tive uma
privilegiada visão da espaçosa cama à minha frente. Ouvi barulho de beijos e
prendi a respiração, ficando em absoluto silêncio para poder escutar melhor. Vi
Michael sendo empurrado na cama e puxando uma mulher morena - que logo
reconheci - para cima de si. Arregalei os olhos e, pelo andamento das coisas,
tive absoluta certeza de que eu iria presenciar algo bastante quente entre
aqueles dois.
- O Harry faz jogo duro – ouvi
Michael murmurar retirando o chapéu e a camisa preta de botões, referindo-se a
meu pai. – Você não faz ideia do tesão que sinto quando a vejo sem poder
beijá-la, baby.
Shana retirou sua camisa branca com
gola em V e começou a dar uma sequência de beijos no seu pescoço.
- Ele só pode ser louco – ela comentou
rindo, retirando a própria blusa. – Sério, por que ele é assim? Só pode ser
falta de sexo. – Michael gargalhou e ela passou os dedos pelo seu tórax,
arqueando as sobrancelhas. – É impressão minha ou a filha dele anda dando em
cima de você?
- A Vic?- ele perguntou incrédulo. Riu. – Ela nem tem
idade pra isso, amor.
“Pode apostar que
tenho, darling”, pensei comigo mesma e continuei a observar.
- Ela não é nenhuma criança – ponderou Shana, fitando Michael. – Aquela garota
costuma te devorar com os olhos... Você não percebe?
Michael riu novamente e entrelaçou os dedos dela nos seus.
- Você com ciúmes da Vic? Pelo amor de Deus, Shana. Eu segurei a garota no
colo!
- Ela iria amar voltar para o seu colo agora que está crescida – murmurou ela
com ironia.
Michael a beijou e tentou esconder o sorriso que formara-se nos seus lábios.
- Não seja tão
implicante, princesa – pediu, mordiscando o lóbulo da sua orelha.
Shana fechou os olhos e Michael levou
as mãos até o fecho do sutiã azul, retirando-o habilmente e jogando-o do outro
lado da cama. Mordeu o lábio ao ver os seios expostos para ele e recolheu cada
um deles entre as mãos, massageando-os suavemente. Shana soltou um gemido
abafado e voltou a beijar o seu pescoço, descendo os lábios pela sua barriga
até chegar ao zíper da sua calça.
– Finalmente posso saciar a
minha vontade – ela disse olhando nos olhos de Michael, despindo-o por
completo.
Michael fechou os olhos e recostou a
cabeça no travesseiro, enquanto ela beijava suas coxas e deslizava as mãos pelo
seu membro. Pisquei os olhos por vezes seguidas e mordi o lábio inferior tão
forte que quase arranquei sangue dele. God... O membro dele me fez salivar. Era
enorme – enorme mesmo! - e estava extremamente rígido e molhado. Shana
entreabriu os lábios e levou a boca até “ele”, começando a chupá-lo. Michael
cerrou os punhos e soltou um gemido do fundo da garganta, empurrando a cabeça
dela contra o seu membro.
- Que delícia, garota... – murmurou
ele, entre gemidos. – Oh, assim... – incentivou, ainda de olhos fechados.
Minha intimidade pulsou e molhou
completamente o fino tecido da calcinha. Puta que pariu, nem nos meus sonhos
mais pervertidos eu poderia imaginar que presenciaria uma cena como aquela. Era
praticamente um filme pornográfico ao vivo com Michael no papel principal.
Apertei as unhas nas minhas próprias mãos e continuei a observar, tão louca de
tesão que por pouco não me masturbei dentro do armário. Os gemidos de Michael
eram, definitivamente, uma delícia de ouvir. E ver Shana empurrando o seu
membro para dentro da boca era muito, muito excitante,
Michael enfiou os dentes no lábio
inferior e notei que ele estava muito perto de gozar. Pelo visto Shana estava
disposta a provocá-lo, porque ela diminuiu a velocidade das mãos e retirou o
seu membro da boca, subindo lentamente os beijos pela sua barriga. Michael a
beijou intensamente e retirou a calça dela, descendo apressadamente sua
calcinha pelas pernas.
O olhar dele, sempre fixo nela,
estava começando a me fazer perder o controle. Shana se acomodou por cima de
Michael e ele começou a penetrá-la, movendo os dedos pelo seu clitóris enquanto
a invadia. Os dois gemiam alto e moviam-se com pressa, como se suas próprias
vidas dependessem daquilo.
- Isso... – Michael gemia enquanto
ela se movimentava em cima dele. Segurou sua cintura e começou a puxá-la
apressadamente para baixo, fazendo-a pular, literalmente, no seu colo.
Ela não demorou a chegar ao orgasmo,
percebi pela forma como os seus gemidos tornaram-se gritos de puro prazer.
Michael deitou-a e colocou-se por cima dela, voltando a penetrá-la, lentamente
dessa vez. Ela se contorcia abaixo dele e ele chupava os seus seios enquanto se
movia, deixando-a desesperadamente louca por mais.
- Oh... Mike – ela gemeu alto. –
Mais... Mais fundo, baby – implorou, correndo os dedos pelas suas costas.
Michael deu um sorriso safado e
atendeu o seu pedido, empurrando forte o quadril para frente e para trás. Os
dois beijaram-se com urgência e chegaram juntos ao orgasmo, completamente
ofegantes pelo esforço que haviam feito. Michael sugou o seu lábio inferior e
acariciou os seus cabelos, saindo devagar de dentro dela. Ela tombou a cabeça
no travesseiro e sorriu para ele, passando os dedos pelo seu peitoral.
Tentei recuperar o ar e afastei os
olhos da porta, ainda sem acreditar em tudo o que eu havia acabado de ver. Meu
Deus... Ele era ainda mais gostoso do que eu havia imaginado. Quando voltei a
observá-los, Shana estava devidamente vestida e Michael, ainda nu, a acompanhou
até a porta, enlaçando as mãos no seu quadril para dar nela um último beijo.
- Boa noite, baby – ouvi Michael
murmurar com um sorriso pervertido, dando um leve tapa na bunda dela. – Se o
Harry vê-la a essa hora pelos corredores diga que você estava me ajudando a
ficar relaxado – sugeriu em tom de brincadeira.
Ela sorriu e jogou um último beijo
para ele.
- Espero que ele não peça detalhes
sobre os meus métodos – ela disse rindo. – Durma bem, amor – murmurou, fechando
a porta atrás de si.
Vi Michael
atravessar o quarto e entrar no banheiro, abrindo o chuveiro logo em seguida.
Saí do armário e, ainda perturbada, pensei no que eu iria fazer. Eu estava
excitada demais pra ir embora. E eu havia chegado longe demais para ir sair
daquele quarto sem conseguir nada de Michael.
Dei uma passada em frente ao espelho para ajeitar os meus cabelos e sentei-me
na cama de Michael, fechando os olhos e recostando-me tranquilamente no
travesseiro. O chuveiro foi desligado e, após poucos minutos, ouvi passos
próximos a cama. Abri os olhos devagar e fitei Michael paralisado no meio do
quarto, observando-me com uma expressão interrogativa e confusa que adorei ver
no seu rosto. Ele estava dentro de um grosso roupão branco de lã, com os
cabelos molhados caídos em cachos na altura dos ombros, o corpo ainda úmido
respingando gotas de água no carpete. Um pequeno sorriso formou-se nos meus
lábios e eu me excitei ainda mais diante daquela visão, descendo os olhos para
poder analisá-lo da cabeça aos pés.
Michael correu os olhos pela minha camisola preta de tecido transparente e sua
expressão, antes tão cheia de dúvida, modificou-se no mesmo instante. Ele sabia
muito bem o que eu estava procurando ali. Ele continuou a me observar em
silêncio e quase pude ouvir ecoando pelo seu cérebro as palavras que Shana
dissera ao meu respeito poucos minutos antes.
- Posso saber o que você faz aqui, Victory? – ele perguntou quando finalmente
um de nós decidiu quebrar o silêncio.
Recostei-me na cabeceira da cama e cruzei as minhas pernas.
- Eu só estava observando o segredinho indecente que você e a Shana estavam
partilhando em cima dessa cama agora a pouco – revelei despreocupadamente, na
maior calma do mundo. – Assistente, Michael? – Balancei a cabeça negativamente
em sinal de reprovação. – É melhor formular uma desculpa menos esfarrapada da
próxima vez.
Michael deu dois
passos para frente e, por uma fração de segundos, pensei que ele iria me
segurar pelo braço, me arrancar da sua cama e me jogar para fora do
quarto.
- Eu não sei sobre o
que você está falando – ele disse na maior cara de pau. – Agora levante-se e
saia daqui porque eu estou a fim de dormir.
- Imagina
só o que meu pai irá pensar quando descobrir que a sua querida Shana teve a
coragem de chamá-lo de louco e ainda insinuar que ele precisa de uma boa transa
– continuei a argumentar, sem me importar com o seu pedido. – Ele com certeza
irá dizer, completamente chocado e indignado, que a sua namoradinha pecadora
precisa de um pouco mais de Deus no coração.
- Saia, Vic – Michael repetiu.
Arrastei-me para fora da cama e me aproximei dele, olhando-o fixamente nos
olhos.
- “Oh... Michael, Oh... Michael... Mais, mais fundo, baby!” – repeti os gemidos
dela com um sorriso malicioso nos lábios. – Papai ficará horrorizado.
Michael me segurou pelos braços e eu estremeci, encostando meu corpo no dele
para quebrar qualquer distância que pudesse existir entre nós dois. O toque das
suas mãos era firme e o seu semblante sério era tão sexy que eu não conseguia
me conter. Aproximei nossos rostos e nossos lábios ficaram a poucos centímetros
de distância. Michael correu os olhos pela minha boca e a pressão dos seus
dedos no meu pulso se tornou ainda mais forte.
- O que você quer de mim, garota? – perguntou com a voz rouca, como se ainda
não soubesse.
Passei os lábios devagar pelas suas bochechas e encontrei a sua boca, prendendo
suavemente seu lábio inferior entre os dentes enquanto ele ainda me observava.
-
Quero ouvir você gemendo pra mim da mesma forma que gemeu pra ela – eu disse
arqueando as sobrancelhas e chupei o seu queixo, fazendo um baixo gemido
escapar por entre seus lábios. – Eu te desejo tanto, Michael. Quero que você
seja o meu primeiro homem – murmurei, e continuei a olhá-lo nos olhos, passando
os dedos pelo seu roupão e retirando os braços de Michael de dentro dele.
Ele poderia ter me mandado parar e ir embora, mas ele não o fez. Soltou
lentamente os meus pulsos e esperou que eu continuasse. Eu via nos seus olhos o
quanto ele me desejava, e ser o meu primeiro homem não pareceu ser uma má ideia
para ele. Beijei o seu pescoço e passei as unhas pelo seu peitoral, abrindo e
descendo o roupão à medida que eu explorava o seu corpo. Michael arrepiou-se
inteiro e fiz uma trilha com a minha língua pela sua barriga, chupando a pele
até deixá-la levemente marcada de vermelho. Arranhei o seu tórax e ele gemeu.
Arranhei um pouco mais forte e ele voltou a gemer, mais alto, pedindo que eu
fizesse de novo. Obedeci ao seu pedido e ele jogou a cabeça para trás,
cerrando os punhos e tensionando os músculos. Ele parecia gostar da dor do
prazer, portanto, eu o marquei com a boca e com as unhas por todos os lugares.
Desci até ajoelhar-me diante dele e voltei a fitá-lo nos olhos com grande
expectativa. Soltei o roupão e permiti que ele caísse no chão do quarto,
revelando o corpo nu de Michael para mim. Mordi o canto da boca e levei uma das
mãos ao seu membro, arfando ao senti-lo deslizar tão duro pelas minhas mãos.
Beijei a parte interna da sua coxa e Michael enfiou as mãos nos meus cabelos,
fechando os olhos e pendendo a cabeça para trás. Passei os lábios pelos
testículos, subindo lentamente, e beijei a base do seu membro, masturbando-o
devagar. Cheguei à ponta e expus a glande molhada, passando a língua sobre ela
e colocando-a na boca. Michael puxou o ar pelos dentes e deslizou as unhas pelo
meu pescoço, mordendo o lábio e dizendo que eu estava indo muito bem. Suguei o
seu membro e o empurrei o máximo que pude para dentro da boca, aproximando-o da
entrada da garganta. Diminuí ainda mais a velocidade da minha mão e beijei a sua
virilha, subindo pela barriga e pelo peitoral. Levantei-me e enlacei os braços
no pescoço de Michael, sorrindo ao ver o seu biquinho de reprovação.
- Ainda quer que eu saia, darling? – sussurrei ao seu ouvido, apenas para
provocar.
Michael me girou em seus braços e me empurrou em cima da cama, voltando a puxar
meus lábios na direção do seu membro.
- Continua, baby – pediu, esfregando a ponta do membro pelas minhas bochechas.
Sorri com malícia e coloquei o seu membro na boca outra vez, masturbando-o
enquanto passava a língua sobre “ele”. Michael gemia alto e segurava os meus
cabelos, empurrando o quadril para que eu aumentasse a velocidade dos
movimentos.
Continuei a chupá-lo e alguns minutos depois percebi que Michael estava prestes
a gozar. Ele puxou minha cabeça para trás e esfregou a glande pelo meu queixo,
gemendo e masturbando-se até derramar-se por cima dos meus lábios. Engoli todo
o seu líquido e ele apoiou a minha cabeça no travesseiro, colocando-se em cima
de mim e infiltrando as mãos debaixo da minha camisola.
- Você tem
uma boca muito gostosa, garota – ele disse, beijando o meu ombro e apertando os
meus seios. Desceu os lábios até os mamilos e esfregou a língua sobre eles. –
Agora, é a minha vez.
Apertei o tecido do lençol com as unhas e me contorci abaixo de Michael,
sentindo sua boca subir e descer pela minha barriga, construindo um rastro
quente por onde passava. Ele sugava a minha pele e também deixava marcas em mim,
explorando o meu corpo com a mesma fome que eu explorara o dele poucos minutos
antes. Suas mãos se emaranharam no elástico superior da minha calcinha e ele a
puxou de uma só vez, arrebentando-a e jogando-a no chão. Um alto gemido escapou
da minha boca e ele mordiscou suavemente a minha virilha, tocando a minha
intimidade com os lábios pouco depois. Apertei os olhos com força e sua língua
correu pelos pequenos lábios, separando-os até chegar ao clitóris. Enfiei as
unhas nos seus braços e afastei um pouco mais as pernas, dizendo para mim mesma
que aquilo era uma das coisas mais gostosas que eu já sentira em toda minha
vida.
- Ohh... My God! Que delícia, meu gostoso – gemi tão alto que por mais um pouco
Shana conseguiria ouvir minha voz do quarto dela.
Michael me fitou e esfregou os dedos pelo clitóris, com um riso pervertido nos
lábios, parecendo adorar as minhas reações descontroladas. Passei as unhas pela
sua nuca e acariciei os seus cabelos, gemendo o seu nome de todas as formas e
tons possíveis.
Prendi o lábio inferior entre os dentes e Michael passou a me masturbar ao
mesmo tempo em que me acariciava com a língua, fazendo-me gemer, arfar e gritar
tanto que minha garganta ficou adormecida. Não demorou para que eu chegasse ao
orgasmo, e Michael não parou até que eu gozasse de novo e de novo, tirando todo
o fôlego que eu conseguira reter dentro dos pulmões.
- Vou te mostrar o que acontece quando sou tão provocado, Vic – Michael disse
beijando os meus lábios, esfregando seu membro pelo meu clitóris.
- Você já mostrou, Mike – murmurei ainda ser ar, passando o dorso dos
meus pés pelas suas pernas.
Ele riu e encaixou o seu membro na minha entrada, movendo o quadril devagar
para frente.
- Você ainda não viu nada – disse mordiscando o lóbulo da minha orelha,
empurrando lentamente o seu membro para dentro de mim.
Mordi suavemente o seu ombro e apertei as unhas nas suas costas, enquanto ele
se movia com leveza para frente e para trás. O seu membro causou um certo
incômodo inicial, mas eu não me importava, eu queria mais. Fechei os olhos e o
seu membro começou a me invadir gradativamente, abrindo caminho pelo espaço
apertado até encontrar o hímen. Respirei fundo e Michael me beijou, deslizando
a língua pela minha enquanto eu me preparava para recebê-lo. Seu quadril
moveu-se com um pouco mais de força e, quando o hímen foi rompido, enterrei a
cabeça no seu pescoço para tentar aplacar a dor.
- Calma, baby – Michael sussurrou baixinho ao meu ouvido, acariciando os meus
cabelos. – Já vai ficar melhor.
Entrelacei nossas mãos e procurei os seus lábios, sentindo-o deslizar-se
devagar o máximo que pode, chegando até o fundo.
A sensação de ter o membro dele me preenchendo por completo me fez suspirar e
gritar de prazer. A dor tornou-se cada vez menor e deu lugar a um prazer tão
grande que eu nem sabia que poderia existir. Michael me beijava enquanto
estocava o membro para dentro de mim, movimentando-se com extrema habilidade,
alcançando-me de uma forma cada vez mais gostosa e em um ritmo cada vez mais
intenso.
O suor escorria em abundância pelo nosso corpo quando chegamos juntos ao
orgasmo. Minha intimidade pulsou e apertou Michael dentro de mim enquanto o seu
membro se retesava e me molhava por dentro. Ele permaneceu algum tempo dentro
de mim, me olhando nos olhos, beijando os meus lábios e correndo os dedos pelos
meus cabelos. Eu nem sabia se merecia receber o seu carinho, mas ele me deu
mesmo assim. Riu para mim e passou as bochechas pelas minhas, tentando dissipar
um pouco do rubor que o nosso esforço havia causado.
Tudo bem, eu sabia que era apenas sexo. Mas enquanto Michael me olhava nos
olhos e acariciava o meu rosto, eu senti que algo a mais estava acontecendo
ali.
- É melhor eu me livrar logo desse lençol – eu disse levantando-me quando
recuperamos o fôlego, observando a mancha de sangue que havia ficado nele.
Michael me beijou e assentiu.
- Seu pai enfartaria se o visse – comentou sorrindo, levantando-se também.
Arranquei o lençol da cama e fitei Michael.
- Nos veremos amanhã? – perguntei pegando a minha camisola do chão, subitamente
triste ao lembrar que no dia seguinte ele já iria embora. – Eu gostaria de me
despedir de você e... Da Shana.
Ele balançou a cabeça positivamente e inclinou-se na cama para me dar mais um
beijo.
- Tudo bem, nos vemos amanhã, baby.
Nos beijamos novamente e, enquanto ainda tínhamos tanto a dizer um para o
outro, eu saí do quarto – tão feliz e tão triste ao mesmo tempo - deixando-o lá
sozinho, mesmo contra a minha vontade.
* * * * * *
No dia seguinte, ao acordar, recebi de papai a notícia de que
Michael tivera um imprevisto e embarcara com Shana para Los Angeles cedo da
manhã. Voltei para o quarto, triste e decepcionada, dizendo para mim mesma que
aquilo só poderia ter sido uma desculpa para que ele não voltasse a me
encontrar. Sentei na minha cama e, de repente, lágrimas vieram aos meus olhos.
Por que ele tinha feito aquilo comigo? Por que tinha voltado para casa sem nem
se despedir de mim?
Recostei-me na cabeceira da cama e apoiei a cabeça nos joelhos,
relembrando tudo que acontecera na noite anterior. Eu o queria para mim. Droga,
eu queria tanto tê-lo novamente. Ao vagar os olhos pelo quarto, vi uma rosa
vermelha ao lado do abajur, em cima da mesa de cabeceira. Sequei os olhos e a
recolhi, vendo pouco depois um pedaço de papel cuidadosamente dobrado embaixo
dela.
“Eu odeio me despedir das pessoas que eu
desejo que estejam por perto. Decidi voltar para casa mais cedo, assim as
coisas não serão tão difíceis para mim. Passei aqui pelo seu quarto para vê-la
novamente e te dei um beijo de despedida, mas não tive coragem de acordá-la.
Conversei com seu pai e
ele me garantiu que irá mandá-la para Neverland no início do verão. Prometo que
irei te dar de presente as melhores férias da sua vida. Prepare-se, garota.
Esperarei ansiosamente por você.
Beijos, abraços e...
(Bem, depois eu próprio te darei o resto). Sentirei saudades. Cuide-se bem.
Michael.”
Um enorme sorriso brotou nos meus lábios e eu pulei da cama, tão eufórica e
satisfeita que poderia ter saído gritando o nome de Michael aos quatro ventos.
Seria ótimo estar em Neverland. Seria ótimo estar de volta aos braços do seu
dono.
_FIM
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